Entender como o buscador do Google classifica e categoriza toda a internet sempre foi um sonho para todo dono de site ou profissional de SEO (Search Engine Optimization). Pois bem, um imenso vazamento de documentos pertencentes ao Google (maio/24) pode ter realizado este sonho, desvendando mistérios sobre a mecânica por trás do algoritmo do mecanismo de busca mais usado no planeta.
Estamos falando de mais de 2.500 páginas carregadas de informação que detalham os intrincados algoritmos responsáveis por ordenar e apresentar os resultados de buscas, uma cortina que a companhia sempre fez questão de manter fechada, escondendo seus segredos do olhar público.
Esses documentos, muito técnicos, mostram detalhes importantes sobre como o Google usa um sistema sofisticado para decidir quais sites são mais relevantes e como eles aparecem nas páginas de resultados.
Quem é mais antigo na internet e testemunhou o boom dos blogs deve se lembrar do termo PageRank. Neste início da era dos blogs, a preponderância de links direcionados a um site cumpria um papel essencial nas buscas. Quanto mais links apontando para um determinado site, mais confiável ele era.
Foi nesse contexto que surgiram os famigerados “agregadores de links”, sites com o único propósito de linkar outros sites. Com o tempo o Google disse que o PageRank e a quantidade de backlinks não eram mais tão importantes.
Mas não é o que dizem os documentos vazados recentemente.
A quantidade de links ainda é importante, ao contrário do que se pensava antes. Os novos documentos confirmam com ênfase que os backlinks continuam valiosos. Além disso, as avaliações mostram que o Google usa muitos critérios para considerar os cliques nos resultados. O objetivo dessa avaliação é ver se os sites mostrados são úteis para quem os busca.
Outros critérios dissecados nesses documentos incluem:
- O Google checa com cuidado se o título da página combina com o conteúdo que ela mostra;
- Sites que apresentam atualizações frequentes parecem adquirir uma espécie de precedência ou prioridade;
- Uma pontuação intrínseca de autoridade dos sites é mencionada, sendo capaz de influenciar decisivamente sua visibilidade nos resultados;
- As informações disponíveis sobre os autores dos conteúdos são cuidadosamente analisadas pelo Google com o objetivo de determinar sua pertinência e adequação.
Não se sabe se os documentos são verdadeiros. Nem as intenções ou motivação por trás. Uma coincidência ser num momento onde o Google está inserindo a inteligência artificial nas buscas e provocando terremotos em todas as direções virtuais?
Interessante. 30 anos passados, tudo mudou, mas continua igual. Só que diferente. Mas não alterado. Renomeado apenas.